II
Contar os dia tentar em vão,
segurar as horas prendê-las.
Esparramá-las no chão
e depois retê-las.
III
Em colunas de viga,
que de rocha e pedra são.
A poesia não sai da terra,
é a rocha que recobre o chão.
IV
A poesia é trajetória,
como flecha calma.
Não é que acerte o corpo,
ela perfura a alma.
V
Contar assim nos dedos,
razões de uma vã filosofia.
No escuro os segredos,
e o nome por quem sofria.
VI
Ouvir o som dos passarinhos,
triná de vozes singelas.
Tão pouco saíram dos ninhos,
já estão nas janelas.
VII
O amor não é um caminho,
que se segue linear.
Ele tem haver com os desvios,
que se pode tomar.
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