quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Não sei poesia...

   Os sábios da ambrósia que comeram da literatura dos deuses , Imortais me recuaram no canto e profetizaram suas clássicas concepções - ''Poesia é isso'' , falava um . ''Poesia é aquilo'' constatava outro  e derrepente silêncio no escuro.
  Olharam-me de cima a abaixo e perguntaram - '' E tu  o que sabes de poesia ?''
E eu respondi singelo  ''não sei poesia '', e novamente perguntaram . -''O que sabes de poesia ?'' Respondi outra vez agora simples - não sei poesia, eles riram e gargalharam a vontade e derrepente triplicaram a mesma pergunta '' O que sabes de poesia ?'' E outra vez cansado , porém zangado respondi - Não sei poesia  , o que sei apenas é poetizar a vida ,  a alma  e os sentimentos . Me libertar das meias frases e me pender em meio ás rimas .
 Então me virei de costas e  acordei de cálido sonho poético

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Seca e a Reza

  '' Pai nosso que estás no céu,
   Santificado seja o vosso nome .
  Venha a nós ao vosso reino,
   Seja feita  a vossa vontade .''
  Ô senhor pedimos misericódia,
 ressuscita o meu gado, faz reviver nossas ossadas.
Faz parar o sol de rasgar a terra , costura-a.
A minha seca de lagoa , de riacho , de rio.
Faz dá a flor do mandacarú.
 Faz chover São Pedro!
  Faz chover São José!
 Ô Seca vai embora,
 mande chuva , ô nimbus.
Caia Forte e dê de beber a água a terra.
'' Assina a terra com no céu,
 O pão nosso de cada dia nós dai hoje .
 Perdoai as nossas ofensas
 Assim como nós perdoamos a quem nós tem ofendido.
Amém...''

Reflexo

 O reflexo do carro no vidro 
e derrepente o reflexo se encontra com seu criador .
Áhhh o que se sucedeu ...?
O vidro quebrou ou o carro bateu?
Que nada ! O mundo é o reflexo do ser humano .


MISÉRIA

 Um pão
 Dois pão 
Três pão
 Quatro pão
cinco pão.
E tem gente que ainda pergunta por quê existe miséria no Brasil.

domingo, 19 de setembro de 2010

Crítica ao ato

 
Se tudo pode na crítica,
se constrói o critério.
Construtiva.
Se avalia no ato, no santuário ou mosteiro.
Que a crítica não condena o monge mais o que ele faz o dia inteiro.
A crítica vai aos sentimentos?
Não por quê  não são  um fato.
A crítica só vai ao ato .

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Parnasianismo

O culto a forma.
A forma ao culto.
Reforma o culto
Cultua a forma.
Transforma o culto
Oculta a forma,
Disforma o culto.
Oculta a transforma,
Cultua o culto.
Formaliza a forma
Inspira o Parnaso...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sobre a liberdade da frase .

'' Fere de leve a frase...''
Mais não deixe que ela te venere pois  quando isso acontece nos tornamos escravos do orgulho da veneração, as palavras não são nossas escravas nem tão pouco as letras.Elas são livres pra sair do poema a hora que quiserem , pois quando libertas , soltas voltam ao poeta renovar a mesma inspiração.








Mário Quintana ...





domingo, 12 de setembro de 2010

Quatro Quadras mais uma .

    O meu , não chorar 
Pela questão que me aflige.
Cara a cara de encarar
Vem a tona tudo que me atinge .
  
         O  tambor soava alto,
     minha vida no teu beijo.
 E o que tínhamos  era o prato
para se consumir esse desejo. 

              Era estranha tua pergunta!
        Preferir a terra ou o céu?
        E esta tudo se junta .
      Como se abelha nunca bebesse mel.

  
  A última quadra te agrado.
   Por tudo o que formos.
    E você meio agregado,
   Porque se foi, se ainda somos?

Lembrar dele é um bálsamo
Esquece-lo também
Pois na vida o amor é o encalço,
que sempre nós convêm. 

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A flor

Nasceu do vento.
Se criou no chão.
Lendária , de beleza universal.
Então bela , bela por excelência da beleza...

A serpente

Língua bifurcada nas pontas e um só bote.
Troca de pele , delineia as curvas na areia. 
Se lança na vastidão de um mistério sem fim.
O que é a vastidão do horizonte , senão a visão do sol  se pondo no nada , no vazio a ser preenchido pela curiosidade humana .
A caninãna , a emboscada , a caçada , a presa  , o veneno, a enroscada , o chicote na ponta da calda ...

Defenição

 Me invade a cabeça , o pensamento.
Que sou feito de um misto de sentimento.
Então percebo naquele momento.
Que imito os poetas póstumos , anacrónicos cronistas , contemporâneos e atuais.
Que defino que minha poesia não se cria, se refaz.

sábado, 4 de setembro de 2010

A visão

 Só os poetas podem ver no breu da escuridão , eles enxergam a forma  das sombras , o aspecto incomum da luz , as siluetas dos amantes , a imagem narcisista , o ego , o super-ego e o egocêntrico.
 .Invadem a natureza humana como os realistas a mostra-lá ao mundo teocêntrico quadrado .A visão do poeta é tão potente que bate nas barreiras do nada e não volta mais .