segunda-feira, 28 de junho de 2010

O nascimento da poesia !

  A poesia nascerá dos dedos das crianças , vai brotar feito flor, servirá como amor  e será moeda de troca valerá um milhão, gastaremos em vão e mesmo assim teremos abundantemente , como recurso infinito. A poesia por si só é imortal  e dentro dela  mesma precede o efeito de sua consciência...

COMPANHIA

    Adimirava tristemente as cronometradas
passadas das pernas dos casais.
Um ,dois no compasso de cada dupla,percebia suas curvaturas isolado no canto. Detestava, não adorava!
  Tentava ser indiferente mais não conseguia.Todos aqueles casais confirmavam minha solidão.Não queria ser um deles , não me encontrava , no casal de namorados , na dupla de amigos e de amigas, nas famílias ou nos grupos que bebiam .
 Um sentimento de falta , de algo incompleto no seu mais denotativo sentido era o que sentia, esperava por algum acontecimento que abalasse aquelas estruturas.Só pra me divertir , só pra esquecer que não tinha companhia.

terça-feira, 22 de junho de 2010

A criança e a louca

  As semelhanças : 
     As duas compartilhavam da inocência humana.
Ambas tinham os nervos em forma de flor na pele.
A dupla simploria causava pena mais juntas simbolizavam perigo, não tinham nada a perder nem o juízo.
  Elas não sentiam medo de nada, nem de ninguém pois eram livres das amarras profundas da razão. Juntas eram invenciveis.
As diferenças : Apenas uma , o tamanho.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Falas de Hera

 " Via nos seus olhos  a vontade de cem desejos. Na sua boca  a sede de meus beijos . No seu corpo os ansejos de prazeres carnais , liberta-lo dessa prisão seria o que eu deveria fazer. Mas meu lado mal queria vê-lo sofrer, talvez sofrer por todas as imundas traições . Por ser um mero conquistador de corações.Por seus malditos bastardos.Mas a sua fidelidade me pertencia como uma jóia rara  e ele sabe que é meu "

Água

   A fonte d'água  suspira lágrimas de água .
Água salgada do mar .
Jorrava e jogava ás fúrias e os pingos ao Deus dará .
 Os rios finos da serra a cai em mar , o mar revolto e suas águas a balançar. 
Os rios finos perenes da chuva , da chuva árida do sertão a se lançar.
As poças d'água a secar.
Secar de sol e de fogo.
E a terra chupando pra dentro a água aguardar. 
  As gotas da fonte e a sede a matar. 
"E por falta d'água perdi meu gado , morreu de sede meu alazão ''.
Os espinhos a soluçar , a polpa funda d'água do sertão no mar . 
E o sertão em mar se tornar.