A noiva cadáver
Me vestir no caixão
no véu, a grinalda e
o vestido branco ainda
com cheiro de formol.
A aliança póstuma,
a lua de mel
nossa necrofilia.
A morte soprando
aos ouvidos, retornando
ao pó nossas vísceras.
Como pode existir
amor assim?
Nos dois, um com pulso
o outro em sua ausência.
O sangue escorrendo em
decomposição, a falta de dor
frio e calor. Até que a
morte nos una.
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